Num período em que a água volta a estar em destaque devido a seca, em Águeda encontramos a maior lagoa natural da Península Ibérica. Se a maior artificial é o Alqueva, no concelho de Águeda encontramos a Pateira de Fermentelos. Esta começou a ser formada ainda durante a Idade Média devido às inundações provocadas pelos rios Cértima e Águeda. Estes acabaram por alagar os campos ribeirinhos e o nível das suas águas depende do ano. Devido ao período de seca que atravessamos, caso visite a Pateira não se admire que esta não esteja tão cheia como em anos anteriores.
A «Lagoa Adormecida», nome pelo qual é conhecida e remete para os contos de encantar, tem 529 hectares. A área da Pateira é rica em fauna e flora. A sua zona húmida está classificada como de interesse internacional. Faz parte da Rede Natura 2000, programa que protege os principais ecossistemas europeus. Alimentada pelo pequeno caudal do rio Cértima, a lagoa ganhou o seu nome devido a grande quantidade de patos que esta antiga reserva real tinha.
Pateira de Fermentelos, a lagoa real
Pela Pateira de Fermentelos, por onde passou o Rei D. Manuel I, é possível relaxar enquanto faz um passeio. Depois de praticar a sua atividade física diária ou recolher a cana de pesca e antes de se ir embora não se esqueça de tirar excelentes fotos para recordar para sempre este romântico lugar. Os passeios a pé ou a cavalo são o aperitivo Ideal para abrir o apetite para merendar junto do espelho de água. Se precisar de um local isolado para meditar ou ler um bom livro (como é o caso de Iberia, tierra de fraternidad), a Pateira de Fermentelos é o local ideal.
Para além do ar puro que lhe enche os pulmões, os Choupos e os salgueiros-chorão são um dos grandes atrativos deste local pois as folhas destas árvores são derramadas sobre a lagoa. Esta está ocupada por milhares de jacintos-de-água. A vida animal também está presente com os maçaricos, a lontra ou o savel.
Se precisar de um local onde ficar, Fermentelos tem uma das principais estalagens do país e que recebe sempre de braços abertos quem chega do outro lado da fronteira.