A EDP Espanha terá a sua primeira presidente executiva na produtora e distribuidora de energia. Ana Paula Marques vai ocupar o cargo ocupado, até ao momento, por Rui Teixeira. Antes de chegar a companhia, foi vice-presidente da NOS e membro não executivo do comité de gestão da SportTV. É licenciada em economia pela Universidade do Porto e é professora adjunta na Porto Business School.
A CEO, assinalada pela filial da gigante portuguesa, faz parte do Conselho de Administração Executivo e do Conselho de Administração desde 2021. De acordo com a nota, os principais desafios são a integração e o desenvolvimento dos ativos da rede, a consolidação do negócio comercial e o desafio da transformação energética das centrais termoelétricas. A EDP Espanha tem sede em Lisboa, emprega 1.550 pessoas no país e tem uma capacidade instalada de 5.000 MW (megawatts).
Como a EDP pode ser prejudicada pela guerra na Ucrânia
A atual guerra na Ucrânia pode colocar em causa o fornecimento de gás natural em vários países europeus. Em relação a EDP, que também trabalha com gás tanto na vertente doméstica como empresarial, a Nigéria é quem suprime esta necessidade. A EDP usa gás natural para suprir as centrais de ciclo que tem tanto em Portugal como em Espanha. A empresa, até 2023, tem um contrato para importar GNL de Trinidad e Tobago. Este negócio envolve um swap com a espanhola Naturgy.
Em relação ao agravamento da seca na península Ibérica, e que levou o governo português a suspender a produção hidroeléctrica em 5 barragens pertencentes a EDP, a proibição deverá manter-se até ao final do verão. A situação será revista durante este mês.