Os ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP vão reunir-se em março, em Luanda, num Conselho extraordinário que foi anunciado por João Lourenço. Este pretende aprovar uma maior integração na cooperação económica dos países que fazem parte do grupo lusófono. Nos dias 28 e 29 de março, os responsáveis pela diplomacia da CPLP deverão aprovar a integração da cooperação económica nos estatutos da organização.
Para tal, será necessário rever os estatutos da comunidade para assim, como defendeu a presidência angolana, existir um quarto pilar de atuação da organização. A CPLP tem, desde a sua criação (em 1996), três pilares de atuação nos seus estatutos. Estes são os seguintes: concertação político-diplomática entre os seus membros nas relações internacionais, cooperação em todos os domínios e a materialização de projetos de promoção e difusão da língua portuguesa.
Uma maior integração económica e empresarial é uma das prioridades do executivo angolano para o biénio em frente da CPLP. Mensalmente, os embaixadores que representam os nove Estados-membros em Lisboa reúnem-se para tratar vários temas importantes para a vida da CPLP. Numa destas últimas reuniões, Portugal apelou a um maior empenho da CPLP no instituto da língua portuguesa (que ajudará a promover internacionalmente a língua de Camões) e António Vitorino, diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, pede que o Acordo de mobilidade da CPLP não seja uma simples politica de “portas abertas”.
Esta comunidade de países de língua portuguesa é composta pelas seguintes nações: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.