(Mani)festa pela volta dos comboios internacionais noturnos

A iniciativa pretende a volta dos comboios que ligavam Portugal a Espanha e França

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Em todo o continente olha-se aos comboios como uma alternativa menos poluente, quando comparando com os aviões, mas a situação portuguesa preocupa. Os comboios noturnos são vistos como o futuro das viagens internacionais. O fim dos comboios noturnos na península Ibérica vai em contraponto com a ideia defendida pelos governos de França, Alemanha, Áustria e Suíça, que pretendem colocar o projeto «Trans Europ Express 2.0», e assim dar uma nova vida a rede transeuropeia ferroviária.

Existe um plano para modernizar a ferrovia, algo que não é feito há um século, mas os comboios internacionais noturnos são já algo do passado. Uma Festa do pijama aconteceu na Estação de Santa Apolónia para apelar ao regresso dos comboios noturnos internacionais. Estes foram interrompidos no início da pandemia e desde então não voltaram a «apitar» na ferrovia ibérica.

Não se via um isolamento da ferrovia portuguesa desta dimensão desde a Guerra Civil espanhola ou a II Guerra Mundial. Nesta manifestação em forma de «pijamada», os participantes ocuparam o Cais de onde estes comboios costumavam partir. A partida acontecia sempre às 21:15 do Cais 3 da conhecida estação de Lisboa, mas a verdade é que os comboios que iam em direção de Espanha e França deixaram de fazer este percurso.

Até que o Sud Expresso e o Lusitânia voltem a ligar Lisboa a Madrid e Hendaye, o coletivo ATERRA (que junta vinte organizações portuguesas) fará uma festa do pijama todas as primeiras sextas-feiras de cada mês. Existe uma petição, atualmente com 10 mil assinaturas, que pede a volta destas ligações. Os governos de Portugal e de Espanha defendem uma nova alternativa, mais eficiente, para reduzir os elevados tempos de viagem.

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