O Norte de Portugal e a Galiza vão avançar com um cluster turístico transfronteiriço baseado nos Caminhos de Santiago. O anúncio foi feito esta terça-feira pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP). Para além deste cluster, a alta velocidade também está na agenda da Galiza-Norte de Portugal. Os Caminhos de Santiago estão a dar origem a uma das exposições de arte mais extensas do mundo.
As rotas portuguesas do Caminhos de Santiago tem sido estruturadas (com a colocação de rotas de peregrinação) e protegidas através do projeto “Facendo Caminho”. Os dois caminhos portugueses certificados, o Central/Primitivo e o da Costa, foram percorridos em 2022 por quase 125 mil pessoas, gerando um volume de receitas estimado em 16 milhões de euros. Mesmo tendo uma forte vertente religiosa, há cada vez mais turistas que fazem este caminho para usufruírem o património cultural e natural que estas regiões oferecem.
Devido ao sucesso obtido, as entidades portuguesas e galegas envolvidas neste projeto pretendem executar um “Facendo Caminho II”. A novidade da segunda parte deste projeto vai se centrar na promoção externa conjunta. As duas regiões pretendem aproveitar as mais-valias socioeconómicas e a coesão territorial que o turismo pode trazer. Na euro-região existem oito patrimónios mundiais.
O enoturismo também é importante para a cooperação e para chamar mais turistas para esta euro-região. Com o lema “Um destino, dois países”, o Norte de Portugal e a Região da Galiza querem aprofundar relações em torno do turismo em ambos os lados da fronteira.