Entrevista a João Pedro Baltazar Lázaro, iberista e autor do romance “Pax Lyncis”

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Entrevistamos a João Pedro Baltazar Lázaro, veterano iberista, residente em Madrid e vogal da Plataforma Civil Ibérica, por causa da publicação do seu primeiro romance “Pax Lyncis” uma interessante história de ficção científica, onde fala-se “discretamente” de iberismo.

Como chegas a escrever “Pax Lince”?

Eu diria que é um passatempo que eu sempre tive, desde criança eu gostei de escrever. Se eu tenho uma essa vocação, eu posso dizer que desenvolvi essa vocação com o tempo. Tive de escrever muitas coisas de que não gosto e basicamente deixar essas coisas para atrás e ir aperfeiçoando minha técnica aos poucos.

O meu estilo; eu goste de escrever com uma linguagem simples, mas gosto de escrever corretamente, gosto de escrever com muito cuidado na gramática, muito cuidado na maneira como se articulam as ideais, para que tudo seja claro. Mas ao fim de cabo gosto de usar uma linguagem simples.

Tua formação está relacionada com a língua portuguesa? Que estudastes?

Sim, eu estudei ciências da linguagem, uma variante da linguística, na faculdade de letras da Universidade de Lisboa, até o ano 2007.

E profissionalmente, qual é teu trabalho?

Estive em muitas coisas diferentes, muitas coisas não tem nada uma com as outras. Meu primeiro emprego está ai no Livro foi em um oceanário de Lisboa, estive lá por quase quatro anos. Depois passei por três anos em “call centers” diferentes, estou um bocadinho farto de “call centers”, não quero mais. Mas eu vim para Madrid porque queria ser professor de idiomas, professor de inglês e agora dei com o português.

Faz muito tempo?

Eu já comecei há 5 anos a ensinar português

Queria que você fizesse um resumo sobre o livro, uma sinopse, o que as pessoas podem esperar da tua obra?

A sinopse está na parte de trás do livro, pode ser facilmente encontrada, mas é uma história

Uma pessoa que se oferece para ser voluntário em uma experiência cientifica e acaba por ser a pessoa com poder telepático mais forte do mundo. E isso significa que ele vai mudar o mundo todo. O que aconteceu é que houve uma outra pessoa, um cientista que desapareceu e que tem más intenções e quer fazer mal ao mundo.

Então o personagem principal tem a tarefa de encontrar e deter este cientista e pelo caminho vou falar de muitas coisas, vou falar sobre a relação de entre Portugal e o Brasil, vou falar da relação entre Portugal e a Espanha, vou ter personagens de todos os tipos de países diferentes.

Você disse que o livro vai falar sobre a relação entre Brasil e Portugal, o que você acredita que poderíamos fazer para conseguir uma maior aproximação e melhorar a relação entre os dois países?

Essa é uma excelente pergunta, porque o que se passa nas redes sociais, as pessoas tem aquele ilusão do anonimato, aquela ideia que podem dizer o que quiserem e francamente eu penso que as pessoas estão aborrecidas, vão as redes sócias só para dizer disparates e porque querem conversa com as pessoas

Mesmo que seja uma discussão, querem provocar as pessoas, querem divertir-se

E eu acho que isso acaba por fazer muito mal a relação entre os nossos países, nós precisamos é de mais contato O que nós precisamos é de fomentar a amizade entre portugueses e brasileiros e criar mais grupos de contato para divulgarmos as culturas um dos outros. Para que os brasileiros saibam o que acontece em Portugal e vice e versa. O que se fazem em termos culturais, o que se fazem em termos sociais, por exemplo, o que as pessoas pensam, quais são as preocupações das pessoas o que está na mente das pessoas.

Nós precisamos de realmente motivar a amizade entre os nossos países, porque é muito importante, eu acho que as redes sociais nos dá uma falsa sensação de estarmos em contato e sabermos tudo.

Podemos dizer que desde a ficção científica, estás a fazer una analise ou metáfora do mundo atual?

As próprias experiências que eles estão a fazer tem muito a ver com maneira que as pessoas reagem a diferentes estímulos. Uma das experiências que eles fazem coisas é precisamente o debate de coisas desagradáveis de debater, as coisas de que não gostamos dos nossos países, um dos outros precisamente para tentar provocar as pessoas a ter reações ver se as pessoas conseguem reagir de uma maneira positiva face a esse estimulo negativo. Então dessa maneira, o que estou a fazer estou a aproveitar para falar sobre coisas que deveriam ser diferentes entre os nossos países de una maneira que não é exclusivamente isso

Não é só uma referência aos nossos países, mas é como se fosse uma parte da própria história também ou seja mais interessante

O livro também fala de guerra, infelizmente de grande atualidade, que contribuição da o escrito a questão da guerra, como a enfrenta?

O problema é que, uma das coisas que eu penso que podem ser perigosas em relação à telepátia É que não é só a questão de poder ler a mente dos outros, mas também poder escrever na mente dos outros alterar a memória das pessoas. Fazendo-as adotar comportamentos que eles nunca teriam. Então quem pode fazer isso, pode facilmente começar uma guerra se quiser. Imagina o que eu controlo a mente do presidente da república de um pais e que diga, olha vai começar uma guerra nesse país, e eu começo a guerra. A culpa é de quem? A culpa é minha ou a culpa é dele? Porque ninguém pode provar, em nenhum tribunal do mundo que fui eu que influenciei a mente dessa pessoa. Toda a gente pensa que foi ele simplesmente seguiu fazer e já está, mas na verdade a culpa é minha.

Esse é o problema que eu estou a abordar neste livro, ou seja, como é que uma pessoa, poderia nesse caso com más influências, com más intenções aproveitar-se de todo mundo. Não só começar guerras, mas roubar dinheiro, abusar das suas influências. Podia fazer todo tipo de estrago no mundo.

E você é português e vive aqui em Madrid, você acha que pela tua situação você transmitiu alguma coisa sobre a península ibérica, sobre iberismo nesse livro?

Sim, de uma forma muito discreta não é um livro abertamente iberista, eu falo discretamente sobre iberismo. Mas o primeiro vínculo que se vê é que a personagem principal tem uma namorada espanhola, Se vê que os dois países vão estar envolvidas em uma guerra lado a lado, no mesmo lado contra os mesmos inimigos, não um contra o outro. Mas sim, vocês vão ter de ler o livro porque eu não quero estragar a surpresa

Podemos dizer que há componentes ibéricos iberista?

Faço por exemplo uma referência ao Parque de Doñana e no parque de Doñana o personagem principal vê um lince. Ele pensa que o lince está a fazer o que ele pode fazer para sobreviver, certo? Então, ele próprio no futuro também trata de ser um lince, lutar pela sua própria sobrevivência. Por isso é que o nome do livro é Pax lince. A paz do lince, a expressão em latin que equivale a A paz do lince.

Para finalizar, como convidarias ao leitor interessado a comprar tu obra, que lhe diria?

Essa é uma boa pergunta, não tinha preparado uma resposta para isso.

Eu diria que se é uma pessoa, que poderia ter interesse em pensar em temas como por exemplo a telepatia, a maneira como isso poderia afetar a nossa sociedade mudar as nossas vidas. Eu penso que esse é um tema que dá para pensar. Acho que é um tema interessante para um livro, uma coisa que ainda não se fez, penso que ainda não se fez.

Uma questão que talvez fosse interessante ao leitor, ou seja, o que que você acha que poderia acontecer na nossa sociedade, como você seria prejudicado com isso, como a sua vida podia ser colocada em perigo com uma pessoa com a capacidade de ler os seus pensamentos. Você perderia sua a privacidade, os seus dados pessoais, perderia tudo. Como poderia sobreviver nessas circunstâncias? Essa é a pergunta que eu coloco ao leitor e se quiser saber a respostas tem que ler.

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