Cravinho participou na reunião de preparação para o próximo encontro do G20 no Rio de Janeiro em representação de Portugal

Angola e a CPLP também foram convidados, tal como Espanha, a participarem no encontro das vinte maiores economias do mundo

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Presente no Rio de Janeiro, mais precisamente na Marina da Glória, para preparar a próxima reunião do G20, que vai acontecer na cidade brasileira a 1 de Dezembro, Cravinho defendeu reformas na governança global para combater a atual «degradação das instituições». Algo que Portugal defende é a integração não só do Brasil mas também dá Índia no Conselho de Segurança permanente da ONU. O responsável pelos Negócios Estrangeiros de Portugal acredita que esta mudança deve ser feita mas que a mesma não será imediata. É um trabalho em curso. A atual presidência brasileira do G20 pretende lançar as bases desta mudança da governança mundial.

O respeito pelo Estado de direito é algo que junta Portugal e o Brasil. As guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza também foram discutidas nestes dias. «Relativamente à vida ou à morte de civis inocentes», relembrou no discurso que proferiu João Gomes Cravinho. Atualmente o Brasil vive uma crise diplomática com Israel devido a comparações que Lula fez entre o genocídio de judeus e o que está a acontecer em Gaza. Outro dos casos que faz parte da agenda mediática mundial foi a morte de Navalni, que levou a que os governos de Lisboa e de Madrid questionassem os embaixadores russos. Até ao momento o Governo de Lisboa não obteve as respostas pretendida por esta morte que foi assinalada pelo embaixador português em Moscovo com a deposição de cravos vermelhos em uma das estátuas da cidade.

As prioridades da presidência brasileira para o seu mandato, que começou em Dezembro de 2023,à frente do G20 são o combate à pobreza, desigualdade e um desenvolvimento mais sustentável. Cravinho esteve junto dos chefes da diplomacia das 20 maiores economias mundiais, como é o caso de Blinken ou Lavrov, para preparar a futura reunião deste grupo. Gomes Cravinho também teve uma reunião bilateral com o homólogo brasileiro, Mauro Vieira.

Cravinho acredita que Portugal pode servir como «ponte» entre continentes. «O facto de termos sido convidados para o participar no G20 este ano resulta não apenas da nossa amizade fraterna com o Brasil, mas também porque somos vistos -pelo próprio Brasil, mas por outros- como um país que faz a ponte entre continentes, um país que, sendo pequeno em termos territoriais e populacionais, é um país com uma política externa com relevância global e com capacidade e pensamento global», afirmou o ainda responsável pela diplomacia portuguesa.

Espanha também é uma das nações convidadas, tal como Portugal e Angola (que foi representado pelo ministro José de Lima Massano), mas o ministro Albares não esteve presente pois vai visitar o país, em conjunto com o Chile, na primeira viagem da nova legislatura de Pedro Sánchez para América do Sul.

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